O jogo deste domingo (17) foi eletrizante. Um clássico como há muito tempo não se via. Duas equipes extremamentes ofensivas e habilidosas, com destaques individuais de cada lado e este blogueiro que vos fala acompanhou tudo de perto, nas cadeiras laranjas do Morumbi, pisando em solo sagrado do futebol brasileiro pela primeira vez na vida. Não poderia haver jogo melhor para uma "estreia".
Táticas - Ofensividade pura!
O São Paulo FC entrou em campo no 4-2-3-1, com variações de 4-4-2. Fernandinho era o ponta esquerda, Lucas o direita e Dagoberto jogava pelo meio, como um autêntico camisa 10, com liberdade para cair em ambos os lados também. Quando o esquema pedia dois atacantes, Dago fazia a função junto com R.Oliveira.
01-Rogério Ceni, 2-Jean, 3-Alex Silva, 5-Miranda e 20Richarlyson; 18-Rodrigo Souto, 31-Carlinhos, 37-Lucas (14-Renato Silva intervalo) e 12-Fernandinho (27-Diogo 22'/2ºT); 25-Dagoberto (16-Marlos 34'/2ºT) e 99-Ricardo Oliveira. Técnico: Paulo César Carpegiani.
O Santos também veio no 4-2-3-1, apostando principalmente em Neymar pela esquerda. O camisa 11 mostrou toda a sua habilidadee contou com as parcerisa de A.Patrcik e Zé Eduardo.
1-Rafael, 4-Pará (Maranhão 20'/2ºT), 2-Edu Dracena, 6-Durval e 3-Alex Sandro; 8-Roberto Brum (17-Felipe Anderson 13'/2ºT), 5-Arouca, 7-Danilo e 10-Alan Patrick (16-Breitner 40'/2ºT); 11-Neymar e 9-Zé Eduardo. Técnico: Marcelo Martelotte.
1º Tempo - Ataques contra defesas
- Fiquei espantado com os dois times. Fiquei pensando que ia ser 10 a 9, 10 a 10, pela qualidade e potencial. Fui atleta, mas fora de campo estava muito preocupado, porque era para os dois lados. É preocupante, mas estou satisfeito com a minha qualidade. Vamos aprimorar. - disse Carpegiani. O técnico tricolor definiu bem como foi a agitada etapa inicial.
Aos 4 min, Alan Patrick tabelo com Zé Eduardo que chotou forte em cima de Ceni, que rebateu mal a bola nos pés de Patrick que só empurrou para as redes. O Sampa não sentiu o gol e aos 7, Ricardo Oliveira deviou um cruzamento para Dagoberto interceptar antes do goleiro santista Rafael.
Aos 13, A.Patrcik bateu alta na entrada da área, a bola desvou e Ceni começou a se redimir da falha no primeiro gol tomado. Aos 16, Fernandinho fez a sua jogada habitual de ponta esquerda e cruzou para R.Oliveira. O camisa 99, ao invés de chutar, enganou a todos cruzando para Dagoberto virar o jogo.
Dois minutos depois, o iluminado Dago, sempre ele, fez linda jogada pela esquerda e, antes de concluir a gol, contou com a ajuda de Pará que acabou encobrindo o próprio goleiro. Aos 20, o mesmo Pará fez jogada na direta e cruzou para Zé Eduardo diminuir.
Isso mesmo, aos 20 minutos da primeira etapa já estava 3x2, com direito a virada no placar e tudo mais. As torcidas iam a loucura no Morumbi.
A partir daí então o São Paulo passou a cadenciar o jogo e segurar o resultado até o intervalo, Mas Lucas em uma arrancada levou perigo à Rafael, o mesmo acontecendo com Neymar e A.Patrick, porém os dois jovens santistas pecavam pelo excesso de individualidade.
2º Tempo - Emoção até o último segundo
Na volta do intervalo, Carpegiani trocou o contundido Lucas por Renato Silva. O Tricolor passou a jogar no 3-5-2, dando mais liberdade a Jean, um dos protagonistas do jogo, e resguardando o combalido lado direito. C.Paraíba passou a ficar mais fixo como volante e ajudar R.Souto na cobertura, um dos pontos fracos do time na etapa inicial. O paraibano também voltou jogando mais simples do que nos primeiros 45 minutos, quando inventava lançamentos e dava várias bolas ao adversário.
O Santos tinha o domínio do jogo, mas não esboçava tanto perigo. Até Richarlyson fazer mais uma das suas. No primeiro tempo, o camisa 20 deu um bico na bola após uma falta e tomou amarelo. Aos 13, o "lateral" fez falta dura em Zé Eduardo na linha lateral e foi expulso. Pura burrice!
O Peixe cresceu e foi pra cima. Fernandinho virou ala e não comprometeu, até ser substituído por Diogo. O Sampa também cresceu após a expulsão e criou jogadas de perigo nos contra golpes, principalmente com o valente Ricardo Olveira. O jogo voltou a ficar aberto, e aos 26, Alex Silva cometeu pênalti em cima de Neymar. O camisa 11 bateu forte e sem chance de defesa, empatando o jogo.
O São Paulo FC partiu pra cima, tentando o gol. Diogo, que entrou muito bem, fez boa jogada e cruzou. Dagoberto fez o corta-luz e Jean, na cara do gol, isolou. Marlos entrou no lugar do cansado Dagoberto e incendiou o Soberano. O camisa 16 cruzou para Jean, de novo, na cara do gol. Dessa vez o ala não inventou e tocou para o gol, mas o arqueiro santista Rafael fez uma defesaça e impediu a virada. Logo após, o ótimo Zé Eduardo fez bela jogada e chutou para Ceni operar mais um milagre daqueles típicos seus no Morumbi.

Que JOGAÇO INESQUECÍVEL!
Considerações finais
Os dois times apostaram nas jogadas pela laterais. Os Tricolores eram improvisados, não atacavam e defendiam como podiam, infernizados pelos santistas. Quando Diogo entrou, a ala esquerda são-paulina foi outra.
Os Alvinegros atacavam bem, mas marcavam mal.
As duas zagas tem jogadores de qualidade, mas uma má proteção.
E seus ataques são velozes, habilidosos e matadores, contribuindo para o jogaço de ontem.
Fotos: Wagner Carmo/VIPCOMM; Blog Olho Tático e Tom Dib/Lancenet
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