Atlético Paranaense e São Paulo fizeram um jogo na Arena da Baixada cercado de rivalidade. Desde 2005, quando o Soberano bateu o Furacão na final da Libertadores, nenhum jogo envolvendo as duas equipes é igual. Somado ao fato de o São Paulo nunca ter vencido no estádio adversário, além de brigas nos bastidores entre as duas diretorias (na gestão passada do clube paranaense) fazem a temperatura esquentar no Caldeirão.
O Jogo
O Tricolor entrou mais uma vez no esquema 4-2-3-1. Só mudaram as peças, em relação à formação usada na quinta contra o Inter. Renato Silva fez a lateral direita, Jean ficou de volante pela esquerda (encarregado de ser a sombra de Paulo Baier), Rodrigo Souto de volante na direita ( na cola de Netinho), Cléber Santana de ponta direita, Marlos de ponta esquerda e Fernandão no meio, encostando no ataque. O Furacão, em má fase no campeonato, apostava mais na força de sua torcida do que no time, sempre contando com P.Baier para armar e com a correria de Guerrón na ponta direita. O equatoriano, aliás, foi quem mais deu trabalho no 1º tempo. O duelo com Junior César até estava parelho, mas quando quem o marcava era Samuel, era um baile do camisa 7 rubronegro. O Sampa mostrou toda a sua velha deficiência de sempre. Ninguém sabe armar a equipe! F15 não pode mais fazer essa função, não deu certo no Goiás, e não dará agora, ele já não tem o mesmo fôlego de 4 anos atrás, quando fazia isso no Inter. O Tricolor cansou de errar viradas de jogo, saídas de bola e chutões para Ricardo Oliveira resolver, perdido em meio à 4 zagueiros atleticanos.Renato Silva foi, mais uma vez, lastimável em campo.
2º Tempo
Na 2ª etapa, o jogo ficou morno. Para tentar acordar seu time, Carpegiani colocou Mithyuê e Maikon Leite, nos lugares de Netinho e Guerrón. Mas, em um lance isolado, o São Paulo abriu o placar. Junior Cesar cobrou rápido um lateral, a bola foi para Marlos que ganhou na corrida de Manoel e cruzou para trás para C.Santana chutar todo torto, sem jeito, mas ser o suficiente para enganar o goleiro Neto. 1x0 Sampa. Logo após, o Atlético-PR acordou. O veloz Maikon Leite briga pela bola, ganha de Samuel e Renato Silva (sempre ele) e bate sem chance para Ceni. 1x1. Para apimentar mais o jogo, Manoel leva o segundo amarelo e é expluso. O Tricolor tentou explorar o lado direito paranaense, sem um lateral e um zagueiro de ofício (Carpegiani já tinha feito as 3 alterações), e em uma jogada, R.Oliveira e C.Santana quase marcaram.
Mesmo com um a menos, o Atlético dava trabalho com M.Leite em cima do fraquíssimo lado direito tricolor. Milton Cruz, interino no cargo, custou a colocar Fernandinho para explorar a avenida que tinha no campo direito da zaga anfitriã. R.Ceni era quem mandava no time, mudando o esquema de jogo, para o 3-5-2, e "tirando" Fernandão, por cansaço. Milton Cruz mostrou que não serve para ser interino, apenas auxiliar e olheiro. Quando mudou, fez bem ao promover a estreia do promissor Marcelinho, de 17 anos e que quase fez um gol, e do terrível Carlinhos Paraíba, que mal conseguia ficar de pé em campo. Que jogador fraco!
Fim de Jogo: Raiva dos dois lados!
O jogo ficou franco, mas terminou em 1x1 mesmo. E o ponto conquistado ficou de bom tamanho para os dois times, apesar da sensação de que cada um poderia vencer. O Atlético-PR porque jogava em casa contra um time em baixa, além de ter criado bem mais, e o São Paulo porque teve Rogério Ceni como o melhor em campo (fez 4 grandes defesas), jogou com um homem a mais e uma avenida no 2º tempo e, se forçasse mais, fosse ousado, venceria o jogo. Incrível como o São Paulo não acha um lateral direito e um meia armador há tanto tempo, o time está "BURRO" em campo, só eu vejo isso?
ATLÉTICO-PR 1 X 1 SÃO PAULO
Estádio: Arena da Baixada, Curitiba (PR)
Árbitro: Gutemberg de Paula Fonseca (RJ)
Auxiliares: Dibert Pedrosa Moises (Fifa-RJ) e Marco Aurélio Pessanha (RJ)
Gols: Cleber Santana, 22'/2ºT (0-1), Maikon Leite, 27'/2ºT (1-1)
ATLÉTICO-PR: Neto, Leandro (Branquinho, 25'/2ºT), Manoel, Rhodolfo e Paulinho; Chico, Vitor, Paulo Baier e Netinho (Maikon Leite, 16'/2ºT); Guerrón (Mithyuê, 16'/2ºT) e Nieto. Técnico: Paulo César Carpegiani.
SÃO PAULO: Rogério Ceni, Renato Silva (Carlinhos Paraíba, 45'/2ºT), Miranda e Samuel; Jean, Rodrigo Souto, Cleber Santana (Marcelinho, 44'/2ºT), Marlos e Junior Cesar; Fernandão (Fernandinho, 39'/2ºT) e Ricardo Oliveira. Técnico: Milton Cruz.
Imagem: Blog do Perrone
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