Colorados e Tricolores começaram seu duelo de 180 minutos nesta quarta-feira. O Inter, jogando em casa, veio com a mesma equipe que vem ganhando tudo no período pós-Copa, no 4-5-1. Já o São Paulo mudou um pouco sua postura e esquema tático, vindo em um 4-4-2, com duas linhas de quatro atrás da linha da bola e Fernandão e Dagoberto mais a frente.
O Sampa tinha uma proposta de jogo clara: se defender e segurar o 0x0. Até normal, devido as circunstâncias do momento das duas equipes. Mas o Tricolor exagerou na retranca. A defesa estava muito bem postada, mas quando a equipe tinha a posse de bola não sabia o que fazer com ela. Era nessa hora que Hernanes deveria aparecer. Não pelo fato de jogar com a camisa 10, mas por ser o maestro da equipe, alguém que dita o ritmo de jogo, que pensa por todos. Algo que ele não faz desde 2008. Dago e Fernandão preenchiam bem os espaços quando o time não tinha a posse, mas estavam em campo desplicente e desacordado, respectivamente. Jogar no erro do adversário, atuando fora de casa, é uma tática que pode ser muito eficaz na Libertadores, vide os times argentinos que sempre jogam assim. Mas tem que saber contra-atacar e abrir espaços no adversário. Coisa que os são-paulinos não conseguiram hoje.
Após um 1º tempo muito pegado e de poucas chances, o 2º foi mais movimentado. O São Paulo resolveu explorar um pouco mais o campo adversário, valorizando mais a posse de bola, mas dava mais espaços atrás para Taison e, principalmente, D'Alessandro jogarem. O lado direito da defesa Tricolor, com o improvisado Jean, era sem dúvidas, o elo mais fraco do time. Após várias tentativas, Giuliano, que havia entrado no lugar de Andrezinho, rodopiou entre dois zagueiros e abriu o placar para o Colorado.
O São Paulo não teve forças para reagir, e o Inter quase ampliou, só que do outro lado estava Rogério Ceni.
Os gaúchos foram mais organizados, equilibrados taticamente e ambiciosos. São favoritos para passarem no duelo, sem dúvidas. Principalmente se D'Ale estiver inspirado. Já o São Paulo, mostrou uma raça digna de sua história. Mas foi medroso e covarde taticamente. Tem que mudar essa postura na semana que vem, jogar como gigante que é, se quiser ir à final. Há muito o que ser corrigido para o jogo do Morumbi, mas nada está definido.
Imagem: Vipcomm
INTERNACIONAL 1 X 0 SÃO PAULO
Estádio: Beira-Rio, Porto Alegre (RS)
Árbitro: Hector Baldassi (ARG)
Gol: Giuliano, 22'/2ºT (1-0)
INTERNACIONAL: Renan, Nei, Bolívar, Índio e Kleber; Sandro, Guiñazu, Andrezinho (Giuliano, 19'/2ºT) e D’Alessandro; Taison (Rafael Sóbis, 40'/2ºT) e Alecsandro. Técnico: Celso Roth.
SÃO PAULO: Rogério Ceni, Jean, Alex Silva, Miranda e Junior Cesar; Rodrigo Souto, Richarlyson (Cléber Santana, 25'/2ºT), Hernanes e Marlos (Fernandinho, 37'/2ºT); Dagoberto (Ricardo Oliveira, 27'/2ºT) e Fernandão. Técnico: Ricardo Gomes
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