Pelo momento econômico dos países sul-americanos, o Brasil
leva clara vantagem ao adquirir mais jogadores de qualidade em relação aos seus
rivais continentais na última década. Prova disso foi o fato de que as seis
equipes brasileiras da Libertadores-2013 se classificaram para as oitavas de
finais do torneio, denotando uma certa superioridade (os argentinos, maiores
rivais, tinham apenas quatro equipes).
Porém, dentro de campo, a história começa a mudar. Atlético-MG
e Fluminense seguem no torneio, enquanto São Paulo (eliminado pelo Galo em
confronto nacional), Palmeiras e Corinthians, justamento o Trio de Ferro
paulista, acabaram caindo logo nas oitavas. O Grêmio tem para dura esta noite,
diante do Santa Fé, e pode ser mais um brasileiro a deixar a competição
precocemente.
As eliminações, principalmente, do Palmeiras para o mediano
Tijuana e do atual campeão Corinthians para o Boca Juniors voltam a levantar a
questão se o Brasil está tão a frente dos demais no continente. Maior esperança
nacional no momento, o Atlético ainda é o favorito (disparado) pelo momento
técnico, mas em termos gerais, talvez ainda falte algo a mais para nossos
clubes além do dinheiro e talento. Falta o fator Libertadores, que não é
simplesmente raça, mas algo maior do que isso, uma vontade às vezes
sobrenatural de vencer. E jogar melhor nos bastidores, em relação à punições absurdas
e unilaterais ou erros grotescos de arbitragens.
Teste publicado originalmente na coluna Futebol-Arte, do Portal Uipi do dia 16/05/2013
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