A Seleção Brasileira de Futebol masculino começa nesta quinta-feira (26) sua caminhada em Londres em busca do ouro olímpico inédito. Conheça um pouco mais de cada setor do time nesta análise.
Goleiros:
O grande dilema do time. O titular, Rafael Cabral, se
machucou na véspera do início do torneio e foi cortado. Neto, ex-Atlético-PR e
atual Fiorentina, será o titular, com Gabriel, ex-Cruzeiro e atual Milan na
reserva. Neto já demonstrou talento nos tempos de Atlético, mas jogou apenas
duas vezes nesta temporada italiana e chega sem ritmo de jogo. Ainda não
estreou com a camisa do Brasil, por isso o receio do jogador sentir o peso da
camisa existe. Se passar por cima disso, não deverá ter muitos problemas, pois
demonstra talento.
Laterais:
Rafael chegou jovem ao Manchester United e já adquiriu a
consciência tática europeia, ao contrário de Danilo. Com isso, ganhou a vaga na
direita com justiça. Na esquerda, Marcelo parece ser 8 ou 80. Pode fazer uma
jogada de craque e decidir um jogo, como também há o grande risco de perder a
cabeça e prejudicar a equipe. O lateral do Real Madrid talvez tenha sido
convocado pela falta de confiança de Mano em Alex Sandro, reserva no setor e
muito limitado.
Zagueiros:
Juan saiu do Internacional-RS para a Internazionale de
Milão-ITA. Promissor, o jovem tem talento, mas desequilíbrios naturais da falta
de experiência o fazem errar em lances cruciais, como no pênalti cometido
durante o amistoso contra o México. Apesar disso, deverá se garantir, fazendo
boa dupla com Thiago Silva, tido como o melhor zagueiro do mundo e capitão do
Brasil. Bruno Uvini, do São Paulo, é o reserva e corre o risco de ser mais uma
eterna promessa do futebol. Capitão do clube nas categorias de base, o jogador
ainda não emplacou nem teve a confiança de nenhum treinador do profissional
Tricolor. Apesar disso, teve bom desempenho no amistoso contra o poderosíssimo
ataque da Argentina.
Volantes:
Mano tem total confiança na dupla Sandro e Rômulo, talvez
por isso não tenha levado nenhum reserva imediato no setor. Marcador, Sandro é
o típico primeiro volante. Com bom ritmo, velocidade e toque, Rômulo cumpre bem
a função de segundo volante. Não deveremos ter problemas no setor.
Meias:
Dois jovens muito talentosos com um pé na Inglaterra.
Formados no São Paulo FC e com atitudes inversas fora de campo, Oscar e Lucas
demonstram habilidade e potencial dentro das quatro linhas que deve crescer
ainda mais com a experiência internacional. Caminho oposto vive Paulo Henrique
Ganso. Surgiu como um dos queridinhos do país e foi caindo de produção com
contusões e confusões fora de campo. Não sabe se fica no Santos, no Brasil,
sempre pede mais dinheiro e o futebol acaba ficando em segundo plano, assim
como a confiança de Mano e da torcida brasileira.
Neymar é a grande esperança do Brasil para as Olimpíadas e
os próximos 15 anos. Habilidoso, rápido, goleador, personalidade forte,
marqueteiro, defina Neymar como quiser. O Brasil deposita suas fichas nele.
Hulk é um dos jogadores mais cobiçados na Europa e vem agradando no Brasil,
tanto que um dos maiores de 23 anos convocados. Seu chute de esquerda,
habilidade e força o transformaram em ídolo no FC Porto e, quem sabe, na
Seleção. Leandro Damião e Alexandre Pato brigam por uma vaga como
centroavantes. Formados no Colorado, ainda não conseguiram uma apresentação
convincente na Seleção e fazem, talvez, a única dúvida na cabeça de Mano
Menezes em relação ao time titular.
Tática:
Mano, enfim, achou o esquema ideal para a
Seleção. O 4-4-2 “mutante” de Mano tem Oscar e Hulk nas pontas, trocando de
posições e Neymar livre. O camisa 11 tem a liberdade para se movimentar pelo
campo inteiro. Quando vem pelo meio, transforma o time no 4-2-3-1. Quando cai
pelas pontas, volta o 4-4-2.
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