O Parc des Princes foi o palco de um jogo histórico neste sábado
(17). Mesmo com dois jogadores a menos e fora de casa, o Stade Rennais venceu o
poderoso PSG. De que adianta ter um elenco milionário, mas um técnico teimoso,
ultrapassado e incapaz (para não usar outros adjetivos)? A derrota humilhante
parisiense não pode ser contestada pela falta de Ibra, mas exaltada pelo jogo
histórico de um Rennes organizado e unido. Que sirva de lição aos Rouge et
Bleus.
Mais uma vez, Ancelotti armou o Paris no 4-3-3 que ele tanto
aposta e vem dando errado. E, desta vez, com Camara na lateral direita e
Pastore de volta à ser volante pela esquerda. Não deu outra. O Rennes dominou o
meio e abriu o placar aos 13’, com um golaço de Alessandrini (bom jogador),
aproveitando uma bola mal rebatida por Camara. O PSG demonstrava muita vontade
em campo, diferentemente das últimas partidas e empatou o jogo aos 21’. Pastore
deu belo passe para Nenê, o “Zorro” de Paris, que encobriu o goleiro com
categoria. Aos 25’, o lance mais polêmico da partida. Ménez foi lançado em
velocidade e o goleiro Costil deu um carrinho, pegando na bola e, em seguida, o
adversário. O árbitro Fredy Fautrel não só deu falta como expulsou o arqueiro
(pra mim, injustamente, pois nem falta eu marcaria).
Mesmo com um a mais, o Paris tinha dificuldade pelo meio,
completamente inabitado e só criava com Pastore lançando pela esquerda, mesmo
jogando recuado em campo. Aos 35’, Matuidi falhou feio em uma saída de bola
(assim como no jogo passado contra o Montpellier) e fez falta na sequência.
Féret cobrou com categoria e fez 2 a 1 para os visitantes. Ancelotti ainda
trocou Ménez por Hoarau aintes do intervalo, mas viu seu time continuar
sofrendo os mesmos defeitos de sempre. A única saída era com a correria de Lavezzi
pela direita. EL Pocho percorreu 5,7 Km só em 45 minutos.
No segundo tempo, Ancelotti trocou o amarelado Chantôme pelo
jovem Rabiot e trocou Pastore de posição. Agora, o argentino fazia a função de
primeiro volante, como Verratti costuma jogar. O Paris voltou com mais
disposição ainda, mas esbarrava na sólida defesa do Rennes e no goleiro N'Diaye,
um gigante em campo. Aos 52’, Makoun levou o segundo amarelo e foi expulso.
Mais fácil para o PSG? Que nada! O time continuou com dificuldades de criar,
sem um meia central e Gameiro só foi entrar em campo dez minutos depois. O
Paris pressionou, principalmente na bola aérea, acertou a trave duas vezes,
teve Hoarau sendo Hoarau, furando uma bola de frente ao gol, mas acima de tudo,
parou em N'Diaye e nos guerreiros de Rennes.
Fim de jogo e derrota humilhante para o PSG, vitória
histórica para o Stade Rennais. Agora, a batata começou a assar de vez para os
lados da capital. O time perdeu de vez a liderança, com um jogo a mais e tem
agora a torcida protestando de vez. Carlo Ancelotti não pode, nem de longe, ser
considerado o único culpado, mas é o grande principal.
Imagens: L'Equipe; AFP
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