terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Lucas e o peso da herança de Raí


Ídolos incontestáveis do São Paulo FC, que deixam o clube após um título continental para jogarem no Paris Saint-Germain cercados de grandes expectativas. As histórias de Raí e Lucas se combinam de forma poucas vezes vistas no futebol e cria mais um paralelo na ponte São Paulo-Paris.

Enquanto Raí chegou à França e ficou conhecido como “Roi” (Rei, em francês), Lucas chega com o aval do eterno camisa 10 de ambos os tricolores, sendo atéi destaque de um dos principais jornais franceses, o ‘L’Équipe’, chamado de “O Herdeiro de Raí” e “Messias”.

“O Herdeiro de Raí” – L’Équipe – 14/12/2012 

“Paris espera seu messias”, L’Équipe de 28/12/2012 

"Cheguei com 28 anos, tendo ganho um Mundial e duas Libertadores pelo São Paulo. Já era considerado um dos melhores do mundo. O Lucas chega para construir uma carreira lá e fez uma ótima escolha. O PSG está em um momento ambicioso, de querer novos títulos e ficar para a história", disse Raí ao site oficial do São Paulo FC.

Lucas sabe do peso da “herança”. Raí foi considerado, em 2010, como o segundo maior jogador da história dos 40 anos do PSG, ficando atrás apenas do português Pedro Miguel Pauleta. O antigo camisa 10 era o capitão e a maior estrela do principal momento da história dos parisienses até hoje. Depois de Raí, Souza chegou em 2008 com o peso de ser mais um camisa dez do São Paulo FC a vestir o mesmo número no PSG, mas fracassou.

Os estilos, dentro de campo, de Raí e Lucas se diferem completamente. Enquanto o “Terror do Morumbi” era um maestro, organizando o jogo à sua vontade e elegância, jogando sempre de cabeça erguida e um goleador, o Garoto de Ouro são-paulino faz um estilo mais dinâmico, com habilidade e força de arrancada impressionantes, capazes de desestruturarem qualquer defesa.

É óbvio que, com 20 anos, ainda faltam muitas coisas para Lucas aprender. Questões táticas, preenchimento de espaços, hora certa de drible, passe e chute, coisas naturais para um jovem profissional do futebol. Mas seu potencial é enorme.

"É um grande jogador, jovem, que vai ser o futuro do clube. Ele tem muitas qualidades e não terá nenhum problema para se entrosar com os outros jogadores, podendo atuar em diferentes posições. Estamos felizes, porque não foi fácil contratar um jogador tão importante", disse o experiente treinador Carlo Ancelotti, que mostrou ter acompanhado bem o jogador no Brasil. "Ele jogou de um lado (na ponta direita), às vezes atrás do atacante. Então pode jogar tanto de lado quanto atrás desse atacante", completou.

Lucas não deverá ser aproveitado como titular logo nesta temporada. Deverá usá-la como período de adaptação a um novo país e o PSG deve ter paciência com ele. Mas, a partir de 2013/2014, deverá brigar de igual a igual por uma vaga entre os principais parisienses e mostrar se é realmente digno da herança de Raí.



Imagens: Divulgação PSG/SPFC; Reprodução - L'Équipe

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