Quase 23 meses após assumir o comando técnico da Seleção
Brasileira, Mano Menezes começa a formar um time para convencer o torcedor
canarinho. A base da Seleção já está montada, é só ver as últimas convocações e
reparar que os mesmos jogadores aparecem repetidamente. O que faltava era
definir (e entrosar) as peças do time titular, já que apenas Daniel Alves,
Thiago Silva, Marcelo e Neymar parecem ter conseguido a vaga entre os 11
principais. Os jogos contra Dinamarca e EUA mostraram uma Seleção que entendeu
melhor a filosofia do treinador e empolgou o torcedor, com duas belas vitórias.
A melhor surpresa foi Oscar. O jogador, agora oficialmente
do Inter, vestiu a camisa 10 do Brasil com naturalidade e personalidade, o
exato oposto do seu comportamento covarde fora dos campos, apoiado por seu
empresário. Fez o que sempre se esperou de Paulo Henrique Ganso na Seleção. No
gol, Jeferson continua falhando na saída pelo alto, mas extremamente seguro nas
outras jogadas. Rafael Cabral também aproveitou muito bem a chance que teve.
A bola aérea defensiva ainda é o principal defeito do time,
com falhas de posicionamento. Em compensação, Sandro e Rômulo deram uma
segurança maior à defesa, que contou com o jovem Juan melhor do que o badalado
David Luiz. Na frente, Hulk se mostrou “incrível” e foi destaque nos dois
jogos. A marcação na saída de bola adversária, ponto forte exigido por Mano
desde o início de seu trabalho, enfim começou a fazer efeito. Mas a falta de
movimentação e rotatividade de Neymar preocupa. O craque não pode ficar estático
na ponta esquerda, seu talento deve flutuar pelo gramado com maior liberdade.
Enfim, são pontos que o técnico deverá corrigir com o tempo.
Apesar do belo futebol apresentado – contra duas equipes fortes de porte médio
-, o torcedor não pode se iludir, mas também deve ter mais paciência, pois o
trabalho começou a surtir frutos.
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