sexta-feira, 22 de junho de 2012

Espanha x França - Pontos-chaves



Espanha e França se preparam para o duelo mais esperado até este momento da Euro-12. Duas equipes que gostam de controlar o ritmo da partida com a posse de bola, cadenciam o jogo, trocam um alto número de passes e têm jogadores de primeira linha. Veremos alguns pontos chaves que poderão decidir a partida para lados espanhóis ou franceses:

Passes

Como dito, as duas seleções gostam de ter o instrumento do jogo em seus domínios. Para isso, se movimentam e aproximam bastante, havendo triangulações e toques curtos. No total, até agora, a Fúria tem média de 699 passes curtos por jogo, contra 501 dos Bleus. A Espanha mantém seu jogo em 36% na faixa central,com Xavi – autor de 116 passes por jogo -  ou na ponta esquerda, com Iniesta. Afunila muito e, talvez por isso, a entrada de Jesús Navas seja fundamental para abrir mais o jogo. Já a França tem 43% de seu jogo concentrado na ponta-esquerda, com Frank Ribéry.

Defesa

A defesa espanhola é bem mais forte. Tem uma dupla de centrais – Piqué e Sergio Ramos - alta, ágil, segura e com a maior média de desarmes da Euro-12, seis por jogo. Pela esquerda, Jordi Alba é bom jogador, mas Álvaro Arbeloa é limitado na direita.
Já a França tem uma situação contrária. Seus laterais – Debuchy e Clichy – estão entre os melhores do torneio e Rami, o atleta que mais cava impedimentos adversários na competição, é muito bom. Mas Koscielny – que substituirá Mexès, suspenso – ainda é uma incógnita, oscilando muito. Os goleiros das duas seleções, Casillas e Lloris, são fantásticos e vivem ótima fase.

Meio-Campo

A Espanha tem dois volantes que marcam e sabem sair para o jogo e três meias com o passe como a principal qualidade. Xavi é um gênio na função, mas Iniesta é quem vem sendo o destaque da Fúria. A França precisa ainda encontrar seu meio. M’Villa e Alou Diarra são prioritariamente marcadores e não podem jogar juntos. Cabaye é o único, e muito bom, segundo volante, que traz uma presença de criação e ofensiva maior. Nasri precisa parar de oscilar tanto nos grandes jogos na armação pelo meio e a direita é uma icógnita. Em três jogos, atuaram Malouda, Menéz – o melhor no momento – e Ben Arfa. Ribéry é garantia de bom jogo pela esquerda.

Ataque

Fernando Torres se encontrou com o bom futebol e melhorou o desempenho da Fúria no setor. Karim Benzema, dos Bleus, é quem mais arrisca a gol (5,7 chutes por jogo) e já deu duas assistências, mas não marcou nenhum gol. Mas o maior contraste pode estar na frente. Enquanto a Espanha finaliza 64% dentro da área, a França arrisca 62% de fora. Prova de que a Espanha procura fazer o gol tocando demais a bola e a França não tem criação o suficiente para adentrar a área adversária, preferindo arriscar de longe.

Suplentes

Enquanto a Fúria tem Fàbregas, Mata, Cazorla, Navas, Pedro e Llorente, a França tem um banco de reservas mais modesto, com destaque para Valbuena e Giroud, além dos meias direita que não forem titulares, já que a vaga fica entre Ménez, Malouda e Ben Arfa.

Clima
A Fúria enfrentou problemas de relacionamento no elenco após a série de clássicos entre Barcelona e Real Madrid nos últimos anos. Agora, a questão parece estar resolvida, ou pelo menos entrou em um nível suportável. Já os Bleus viveram uma crise horrorosa na Copa do Mundo-2010 sob o comando de Raymond Domenech, mas Laurent Blanc parecia ter resolvido a casa. Porém, após a derrota para a Suécia, o clima pesou.

“Sim, o clima ficou um pouco aquecido, mas depois todos tomaram uma ducha fria. Isso mostra um pouco de eletricidade. Espero que isto continue contra a Espanha, porque precisamos disso para entrar mais ligados no jogo”, disse Blanc. Malouda confirmou o atrito, dizendo que “tivemos uma discussão nos vestiários, o que demonstra que temos temperamento e caráter. O equilíbrio é frágil e, quando você começa a pensar que está na Euro para brilhar individualmente, a engrenagem pode falhr. Você paga muito caro por cada erro na Euro”. O meia ainda confirmou que Nasri foi um dos pivôs da discussão. “Samir não muda seu jeito de jogar e isso é uma de suas qualidades. Mas, como um jogador experiente, posso dizer que é preciso encontrar um equilíbrio entre o time e os objetivos pessoas. Nesses momentos, é preciso apontar o dedo para as pessoas e resolver a situação”.

Segundo o jornais franceses  L'Equipe e Le Figaro, Alou Diarra cobrou uma participação maior de Samir Nasri na marcação e trocaram ofensas. O técnico Blanc ainda perdeu a paciência com Ben Arfa, que falava no celular durante um discurso do treinador. Após a bronca, Ben Arfa teria dito “me mande para casa se você não está satisfeito comigo”. Realmente, o clima está tenso!



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