A França detinha uma invencibilidade de 23 jogos – 16 vitórias
e sete empates - não perdendo desde o longínquo 3 de setembro de 2010, quando
foi surpreendida em casa pela Bielorrússia, por 1 a 0. A França não era
derrotada pela Suécia, rival desta terça-feira (19) desde 1969. De 43 anos pra
cá, haviam sido seis vitórias francesas e cinco empates. A França tinha a faca
e o queijo na mão para se classificar em primeiro no Grupo D da Euro-2012 e
ganhar moral para a sequência do torneio. Mas a atuação preguiçosa dos Bleus contra
a Suécia impôs a primeira derrota da equipe em um ano e nove meses e pior, terá
de encarar logo de cara a Espanha, melhor seleção do mundo nos últimos anos.
Laurent Blanc fez algumas alterações nos titulares para o
jogo contra os escandinavos. Trocou Cabaye por M’Villa e Ménez por Ben Arfa. As
mexidas não deram sucesso, pois com a saída de Cabaye o time perdeu na criação
de jogadas e chegada efetiva de um homem de trás. M’Villa, titular em toda a
campanha das Eliminatórias – como primeiro volante ao lado de Cabaye – até tentou
se aventurar ao ataque, mas é nítido que o time precisava de uma qualidade
maior no setor. Já Ménez perdeu a vaga para o desligado Ben Arfa, que oscila
muito. Ménez também tem uma chegada maior na área adversária e ajuda Benzema,
vide o jogo (e gol) feito contra a Ucrânia.
No mais, a França tentou cadenciar o jogo, mantendo a posse
de bola e chutando dez vezes, mas apenas um em direção ao gol. Isso durou até o
gol da Inglaterra no outro jogo e o belíssimo voleio de Ibrahimovic. Depois,
tentou criar mais, mas faltava participação maior dos homens de criação,
principalmente de Nasri. A defesa mostrava os defeitos de sempre e dependeu
muito da ótima partida de Lloris, com defesas espetaculares.
No total, foram 57% de posse de bola e 24 chutes a gol, a
maioria de longe, pois não conseguia entrar na sólida defesa sueca. Faltou mais
criação e “atrevimento” durante boa parte do jogo, mas Laurent Blanc deve ter
tirado muitas coisas boa desta partida. "Eu acho que a Suécia mereceu
vencer. Eles jogaram pela honra contra uma França que esteve muito abaixo da
média", admitiu o técnico da França. “A Croácia nos mostrou o que tem que
se fazer contra a Espanha. Cada vez que tinha uma possibilidade, apostava nela.
O problema com a Espanha é que ela não te deixa muito com a bola. Temos que
assumir que não vamos tê-la por muito tempo”, concluiu sobre o próximo desafio.
Para as quartas de final, os Bleus não contarão com Mexés, suspenso, o que pode
ser algo não tão ruim assim, visto a péssima partida do jogador contra a
Suécia. Koscielny deverá ficar com a vaga.
Imagem: Reuters
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