Um dos pilares do São Paulo FC montado pelo Mestre Telê
Santana na década de 1990, o ex-lateral-direito Vítor colecionou sete títulos
pelo clube, incluindo duas Taças Libertadores e um Mundial Interclubes. Mais
tarde, Vítor rodaria o mundo da bola passando por equipes como Real Madrid,
Cruzeiro e Vasco da Gama, ganhando mais duas Libertadores. Com o currículo
invejável, Vítor ainda guarda com carinho os dias vividos no Soberano ao lado
de Telê.
“Ele foi um pai. Um pai que tinha todo um carinho, uma preocupação,
que chamava a atenção quando tinha de chamar. O silêncio dele era uma maneira
de carinho. Quando ele estava em silêncio, era porque estávamos agindo certo.
Quando ele cobrava era porque estávamos abaixando a guarda, acomodando um
pouco. Só tenho que agradecer, pois ele foi um treinador que me deu chances, me
projetou. No momento em que eu estava no auge, ele passou o Cafu para o meio e
eu permaneci na lateral. Isso mostra a competência e o caráter de um grande
treinador”, disse Vítor.
O carinho pelo São Paulo FC é tão grande que o jogador ainda
disputa partidas beneficentes com antigos companheiros de clube, como Macedo e
Muller. “Sou um privilegiado. Só tenho de agradecer a Deus, por ter passado por
um grande clube, de estrutura, de ter um grande grupo e treinadores. Isso fez
com que eu viesse a ficar na história do futebol brasileiro”, declarou.
Apesar de ser o brasileiro que mais ergueu a Taça
Libertadores da América, Vítor guarda mágoa por não ter tido mais oportunidades
na Seleção Brasileira. "Às vezes fico triste com alguns treinadores. Os
treinadores da Seleção sempre mantiveram a equipe, por isso tive dificuldades
para ser convocado em muitos jogos” afirmou o ex-atleta, que disputou apenas
duas partidas com a camisa do Brasil.
Imagem: Vinícius Ramos
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