Contratado por €7 milhões (R$ 17 milhões na época). Recebido por cerca de 200 torcedores no aeroporto e 40 mil em sua apresentação oficial no Morumbi no dia seguinte. Entre juras de amor ao São Paulo Futebol Clube, provocações aos rivais e muito mais, Luis Fabiano Clemente coloca um boné da Torcida Independente, principal organizada do Tricolor. A mesma que, sete anos antes, o pegou para Cristo após a eliminação em uma Libertadores, chamando-o de “Pipoqueiro” e forçando sua saída.
Mas pareciam águas passadas, tudo resolvido. Demoraram-se sete meses para o “Fabuloso” finalmente reestrear com a camisa do São Paulo (frustrando várias tentativas de marketing da diretoria no período). Demoraram-se mais sete jogos para marcar seu primeiro gol na volta ao seu “quintal” de casa. O ano de 2011 terminou melancólico para ele e seu clube, mas 2012 começou com o camisa 9 como capitão e cheio de moral. Entre idas e vindas de várias contusões a mais, Luis Fabiano não foi o bastante para evitar a eliminação do São Paulo no Paulista (nem esteve em campo) e na Copa do Brasil. A Independente, sim, ela mesma, voltava com a alcunha de “Luis Pipoqueiro” nos estádios. O restante da torcida são-paulina comprava a briga e apoiava seu ídolo. Fabiano deu a volta por cima ao marcar dois gols diante do Corinthians no Pacaembu lotado de adversários e ajudar o São Paulo FC a ganhar a Copa Sul-Americana, mesmo sendo expulso infantilmente no jogo de ida da final diante do Tigre, da Argentina.
Veio 2013 e o jogador começou fazendo gols importantes na pré-Libertadores, mas logo foi caindo de desempenho e se machucando outras vezes mais. Ainda por cima, continuava tomando cartões infantis e desfalcou (injustamente, vale lembrar) seu time em quatro decisivos jogos da Libertadores. A pressão disso tudo somou-se às eliminações traumáticas para o Corinthians no Paulista (perdendo o pênalti decisivo) e Atlético-MG na Libertadores. A diretoria tricolor o colocou a venda, o que chateou Luis ainda mais.
![]() |
Fabuloso na festa da Independente |
A meu ver, ambos estão errados no caso, mas quem sai perdendo de uma forma ou outra é o São Paulo FC e sua torcida. O clube não encontrará tão cedo um substituto à altura de Fabuloso, muito menos um ídolo. E Luis perceberá que, com o já consolidado apoio de esmagadora parte da torcida, já era um ídolo e daria a volta por cima se tivesse a cabeça no lugar.
Mas isso parece ser tarde demais para a “diferenciada” diretoria de Juvenal Juvêncio e o quinto maior artilheiro da história do São Paulo FC.
Imagens: Divulgação
0 comentários:
Postar um comentário