Diego Lugano foi um dos primeiros reforços de peso da era milionária do Paris Saint-Germain. Em 2011, o zagueiro chegou ao clube por cerca de 3 milhões de euros, vindo diretamente do Fenerbahçe. Desde então, Lugano jogou apenas 12 partidas pelo clube e deve se despedir dos Rouge et Bleus em janeiro de 2013.
O uruguaio não foi inscrito na Liga dos Campeões nesta temporada e se mostrou muito chateado com isso. “O pior de tudo foi ficar sabendo pela imprensa que eu não estava na lista para a Liga dos Campeões”, afirmou o jogador. Diego tem um dos maiores salários do clube, algo em torno de 330 mil euros por mês e, mesmo assim, não figurou em nenhuma lista de relacionados nesta temporada.
É verdade que Diego jogou mal no clube na temporada
2011/2012, tomando muitos cartões amarelos e abusando da raça. Mas não é o caso
para deixá-lo encostado e não ter mais chances. É normal, para qualquer um, ter
dificuldades de adaptação em um novo país, com um novo local de trabalho,
idioma, moradia e etc. Raramente um jogador consegue se dar bem logo na
primeira temporada. Vide Pastore, que ainda é inconstante em campo, mas segue
dentre os titulares. Ibra é um caso a parte de jogadores fora do comum.
“Penso que eu merecia outro tipo de tratamento, mas vou ser
paciente e esperar pela próxima janela de transferências”, disse Lugano em
entrevista pela Seleção Uruguaia. Concordo com ele, já que não tem espaço no
Paris e tem bola para ser ídolo em outro lugar. Acompanho Diego desde que
chegou ao Brasil, chamado de “jogador do presidente” em 2003 no São Paulo FC. O
zagueiro, de cintura dura e violento, ouvia críticas de dentro do próprio
clube, mas deu a volta por cima com determinação, treinamentos incessantes e um
caráter fora do comum para jogadores atuais. Virou um dos maiores ídolos da
história do São Paulo FC e assim foi também no Fenerbahçe, no Nacional-URU e na
Celeste, onde é capitão.
Se tivessem paciência com Diego, não tenho dúvidas de que se
tornaria ídolo também no Tricolor Parisiense. Lugano pode não ser o zagueiro mais técnico que há, mas seu senso de cobertura, sua postura, liderança e raça fazem toda a diferença dentro e fora de campo. Pena que Carlo Ancelotti não goste de seu futebol.
Imagens: C.Gavelle/PSG
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