terça-feira, 9 de outubro de 2012

Dias de Lugano estão contados no PSG. Clube errou com o uruguaio




Diego Lugano foi um dos primeiros reforços de peso da era milionária do Paris Saint-Germain. Em 2011, o zagueiro chegou ao clube por cerca de 3 milhões de euros, vindo diretamente do Fenerbahçe. Desde então, Lugano jogou apenas 12 partidas pelo clube e deve se despedir dos Rouge et Bleus em janeiro de 2013.


O uruguaio não foi inscrito na Liga dos Campeões nesta temporada e se mostrou muito chateado com isso. “O pior de tudo foi ficar sabendo pela imprensa que eu não estava na lista para a Liga dos Campeões”, afirmou o jogador. Diego tem um dos maiores salários do clube, algo em torno de 330 mil euros por mês e, mesmo assim, não figurou em nenhuma lista de relacionados nesta temporada.

É verdade que Diego jogou mal no clube na temporada 2011/2012, tomando muitos cartões amarelos e abusando da raça. Mas não é o caso para deixá-lo encostado e não ter mais chances. É normal, para qualquer um, ter dificuldades de adaptação em um novo país, com um novo local de trabalho, idioma, moradia e etc. Raramente um jogador consegue se dar bem logo na primeira temporada. Vide Pastore, que ainda é inconstante em campo, mas segue dentre os titulares. Ibra é um caso a parte de jogadores fora do comum.

“Penso que eu merecia outro tipo de tratamento, mas vou ser paciente e esperar pela próxima janela de transferências”, disse Lugano em entrevista pela Seleção Uruguaia. Concordo com ele, já que não tem espaço no Paris e tem bola para ser ídolo em outro lugar. Acompanho Diego desde que chegou ao Brasil, chamado de “jogador do presidente” em 2003 no São Paulo FC. O zagueiro, de cintura dura e violento, ouvia críticas de dentro do próprio clube, mas deu a volta por cima com determinação, treinamentos incessantes e um caráter fora do comum para jogadores atuais. Virou um dos maiores ídolos da história do São Paulo FC e assim foi também no Fenerbahçe, no Nacional-URU e na Celeste, onde é capitão.

Se tivessem paciência com Diego, não tenho dúvidas de que se tornaria ídolo também no Tricolor Parisiense. Lugano pode não ser o zagueiro mais técnico que há, mas seu senso de cobertura, sua postura, liderança e raça fazem toda a diferença dentro e fora de campo. Pena que Carlo Ancelotti não goste de seu futebol.

Imagens: C.Gavelle/PSG

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