Historicamente, São Paulo FC e Santos FC sempre priorizaram por um futebol bonito, vistoso, que além de vencer prezava pelo espetáculo. Com isso, os clássicos SanSão sempre foram um jogo a parte, com muitos gols, belas jogadas e craques. Neste domingo (18), no Estádio do Morumbi, não foi diferente. Lucas, que sofre pressão por um desempenho melhor dentro de campo e foi comparado por seu empresário Wagner Ribeiro com uma Ferrari, desta vez fez valer jus ao apelido. O camisa 7, que terminou o jogo como capitão do São Paulo FC pela primeira vez na carreira, fez a sua melhor partida com a camisa tricolor, tanto tecnicamente quanto taticamente.
Santos cansado no primeiro tempo e São Paulo demolidor
Visivelmente cansado depois da desgastante viagem de volta do Peru na quinta-feira (15), o Santos fez um primeiro tempo lento e apático. O meio campo, com Ganso, Ibson e o avançado ponta esquerdo Neymar aceitava a forte marcação do São Paulo, que atropelava em campo. Rodrigo Caio ganhava todas de Neymar pela direita enquanto Casemiro e Denílson anulavam Ganso. Cortez, pela esquerda, tinha uma avenida chamada Fucile e o Tricolor passeava. Casemiro contou com a sorte no seu gol, com o desvio de Dracena que matou Rafael. Lucas fez em campo um papel importantíssimo, voltando para ajudar na marcação, algo que não costuma fazer. Em jogada chave, o camisa 7 roubou a bola de PH Ganso na intermediária e puxou um contra golpe com velocidade fulminante, lançando para Jadson que desperdiçou a chance. O Santos só acordou nos minutos finais, com um chute de Borges que Denis defendeu bem. Ao total, o São Paulo criou sete chances de gol, contra apenas duas do Santos.
Segundo tempo ofensivo e de uma faixa do campo: a ocupada por Lucas e Neymar
Na segunda etapa o Santos achou um gol com Edu Dracena em falha grotesca de Denis. Logo após, Rodrigo Caio concretizou a expulsão já anunciada por marcar Neymar e levou o segundo amarelo. O Peixe cresceu em campo e criou chances, mas foi o Soberano que fez o segundo, em rápido e bonito contra ataque puxado por Lucas e Luis Fabiano, que sofreu e converteu o pênalti. O goleiro Rafael, último homem, deveria ser expulso, assim como Durval minutos atrás. O São Paulo se fechava e Neymar dominava as ações em campo, sendo a única jogada do Santos, assim como Lucas era pela mesma faixa do campo pelo lado do São Paulo. Denis se redimia fazendo grandes defesas, até Casemiro perder tolamente a bola para Ganso e Neymar empatar o jogo de novo. Tudo levava a crer que, se alguém fosse vencer o jogo aquela altura, seria o Santos, com um jogador a mais, enquanto o São Paulo jogava agora com três zagueiros, sem o substituído Luis Fabiano e apenas Lucas na frente. Foi quando o Santos também bobeou na saída de bola, em um arremesso lateral, e Casemiro lançou Lucas, que arrancou e cruzou para Cortes. O lateral bateu de primeira e a bola foi na trave, mas o dia era do São Paulo FC, quando a bola sobrou para o capitão Lucas – em impedimento - dar a vitória para o Tricolor. Ainda deu tempo para Neymar sofrer uma falta e Elano bater, forçando Deinis a fazer grande defesa e salvar o jogo para o São Paulo.
O resultado foi de extrema importância para o Tricolor, que venceu o primeiro clássico no ano e justamente contra o time mais forte do país. Lucas, o homem do jogo, apareceu na hora certa e pode ter tido um momento decisivo na carreira nesta tarde de domingo, acabando com qualquer polêmica ou dúvida sobre seu futebol.
Imagens: Ruben Chiri / sãopaulofc.net; Marcos Ribolli / globoesporte.com
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