O São Paulo FC venceu a Portuguesa nesse domingo (11) no Estádio do Morumbi em partida de dois tempos distintos. A chave do jogo foi o meia armador Jadson, o camisa 10 que a torcida Tricolor tanto esperou que, no segundo tempo, finalmente fez a sua “estreia” com a camisa Soberana. No primeiro tempo, jogou mais uma vez fora de posição e mal apareceu. Na etapa complementar, jogou aonde gosta e foi o camisa 10 tão aguardado pelos tricolores
De novo, Leão inventa na disposição tática
Emerson Leão tem uma filosofia extremamente válida para o São Paulo em 2012: armar um time ofensivo que vença e convença. Até agora, foram quatorze jogos e apenas uma apresentação convincente, justamente na estreia. Para o jogo contra a Lusa, Leão inventou mais uma vez na armação do time. No meio, Denílson era o primeiro volante pela esquerda e Casemiro o segundo pela direita; Cícero era um volante pelo meio, a frente dos dois citados; Jadson era meia esquerda e Lucas pela direita, enquanto Luis Fabiano era o isolado centroavante.
Com isso, Jadson jogava totalmente fora de posição, sem armar, mas com a função de ser um terceiro atacante do time. As linhas ofensivas eram distantes. O trio de volantes jogava junto, mas com bastante distancia para os meias que, por sua vez, se isolavam de Luis Fabiano, sempre sozinho no meio de dois ou três defensores adversários. Distantes, ficou mais difícil para haver as tabelas e triangulações, e o time mais uma vez dependia das jogadas individuais, mas nem isso aconteceu.
Enquanto isso, a Lusa era quem dominava as ações e empurrava o São Paulo em seu campo de defesa, com Boquita tendo liberdade entre os volantes adversários e criando as jogadas. Soma-se a isso um São Paulo apático e sonolento, exceto por Rhodolfo, Casemiro e Luis Fabiano.
Leão corrige e Jadson comanda o time
No intervalo, Leão corrigiu seus erros capitais do time em campo. Armou a equipe como se espera, no 4-2-3-1 em que cada um fazia a função esperada. Jadson veio para o meio, na armação central (posição em que se destacou no Shaktar Donetsk e que foi contratado para jogar pelo Soberano), Fernandinho (que entrou no lugar de Casemiro) foi o ponta esquerda e Lucas continuou na ponta direita.
Só que a Lusa abriu o placar em mais uma pane aérea da defesa são-paulina. Ricardo Jesus apareceu nas costas de Edson Silva, que marcava a bola, e abriu o placar. Cortez, que deveria estar atrás de Ricardo, estava no meio marcando Boquita ocupando a posição esperada de Denílson. Desarrumado desse jeito, o gol foi sofrido.
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Destaque para o mal posicionamento de Cortez |
Sorte do Tricolor que a reação veio logo depois, em jogada chave de Jadson. O armador apareceu entre as duas linhas defensivas da Lusa, atrás dos volantes e recebeu livre para concluir para o gol. O São Paulo era melhor em campo, melhor distribuído e com mais vontade, mas ainda sofria perigo quando Ananias fazia o que queria sobre o afobado Piris. Aos 21’, Jadson lançou Luis Fabiano que perdeu boa chance, em mais uma jogada bem trabalhada do time.
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Jadson aonde se espera no 1º gol |
O jogo terminou com a virada tricolor, onde Jadson foi o maestro da camisa 10 esperado, fazendo um ótimo segundo tempo e Luis Fabiano teve com quem tabelar, fazendo também a sua parte. Resta saber se Leão não vai inventar mais e deixar cada jogador em sua posição, além de conseguir mais vibração para o time. Lucas, pela direita, também é um “problema” se continuar prendendo demais a bola e não recompondo o time pelo setor. Osvaldo começa a merecer uma vaga.
Imagens: Facebook/SãoPauloFC; footballuser.com; Reprodução; Wander Roberto/VIPCOMM
2 comentários:
Excelente análise. Curti os gráficos e as fotos do posicionamento da equipe.
Abs!
Muito obrigado pelo prestígio.
Abraço!
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