De bonito mesmo, só o Estádio Océane em Le Havre, porque o
nível técnico do amistoso entre França e Uruguai foi abaixo do esperado. Duas
equipes com muita vontade, mas pouca classe, não saíram do zero no amistoso,
para as vaias da torcida após o apito final.
Em campo, o estreante Didier Deschamps armou o time no 4-4-2
inglês, com dois pontas e dois centroavantes. Do outro lado, “El Maestro” Oscar
Tabárez apostou no 3-6-1, com Forlán e C.Rodríguez como meias ofensivos que
encostavam no centroavante Loco Abreu. A semelhança entre os dois esquemas era
que não havia ninguém para armar e pensar as jogadas pelo meio. Com isso, muita
correria e vontade, mas pouco toque de classe e armação para ambos os lados.
A França chegou apenas uma vez na primeira etapa, em um
cruzamento que Muslera deu um tapa na bola, após cabeçada de Yanga-Mbiwa que ainda beijou a trave. No
segundo tempo, o cenário foi o mesmo. O Uruguai chegou após um cochilo da
defesa francesa, mas Loco Abreu parou nos pés de Lloris, que enfim sujava o
uniforme. Já Les Bleus também aproveitaram vaciladas dos zagueiros laterais
uruguaios, mas Valbuena (defesa de Muslera) e Benzema (no pé da trave) não
fizeram gol.
Ficou óbvio que Didier e El Maestro terão muito que
trabalhar nestas eliminatórias. A França ainda tem a esperança de recuperar
Nasri ou Gourcuff para pensar o jogo pelo meio. Já a Celeste não tem um jogador
com estas características desde Álvaro Recoba, e Diego Forlán não tem mais
condições físicas de desempenhar esta função.
Imagens: AFP/Alain Jocard
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