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Vinícius Ramos
Texto retirado da minha coluna no Portal Uipi do dia 23/08/2012
Parece notícia velha. E, de certa forma, é. Lembro que a li
em 2008, em 2009, em 2011 e agora de novo. Adriano volta a um clube grande para
recomeçar a carreira. “Estou curado”, diz ele. Realmente, o problema maior de
Adriano é clínico. O alcoolismo, muitas vezes tratado como chacota é uma doença
séria e atinge cerca de 10% a 20% da população brasileira, segundo pesquisas.
Mas, nem por isso, Adriano deve ser tratado como “vítima”
mais uma vez e ter outra de suas infindáveis chances. O homem Adriano também
“sofre” de descaso antiprofissional, descompromisso e falta de apego. Se deu
bem em 2008 e 2009, respectivamente no São Paulo FC e no Flamengo, quando seu
futebol indiscutivelmente talentoso fez a diferença. Mas, mesmo na época, seus
problemas extracampo eram visíveis e, por muitas vezes, encobertos com muito
custo.
Chegou agosto de 2012 e o antes Imperador tenta retomar seus
poderes no clube de coração, o Flamengo, o mesmo que lhe fechou as portas em
2011 por medo da famosa indisciplina, para a raiva dos torcedores rubro-negros,
que o viram atuar (?) pelo Corinthians.
Parece que o sucesso, dinheiro, fama, mulheres, tudo o que
permeia a mente de 9 em cada 10 homens no mundo não conseguiram salvar Adriano
de suas frustrações. A chance no Flamengo pode ser a última. Desta vez, de
verdade.
Ouro de Tolo
Esta semana, mais precisamente no dia 21 de agosto, completaram-se
23 anos da morte daquele que foi uma das maiores vozes brasileiras de todos os
tempos. Raul Seixas, o cara que ‘tinha o nome na letra A’, falecia por parada
cardíaca, decorrente de seus problemas de alcoolismo e diabetes. Nem o tempo,
as metamorfoses ou as maluquices irão apagar a marca de Raul. TOCA RAUL!
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