Ney Franco disse, durante a semana, que deveria ser cobrado
logo de cara, após a estreia no Choque-Rei contra o Palmeiras. Pois bem. O
Tricolor fez uma de suas piores partidas no ano, sem raça, criação e posse de
bola. Apenas assistiu o valente Palmeiras jogar. Mesmo vindo de um título, sem
o seu principal jogador – Marcos Assunção –, de “ressaca” e com um homem a
menos o segundo tempo inteiro, o Alviverde deu um banho de vontade e futebol
sobre o adversário e saiu injustiçado pelo empate.
O Palmeiras teve o domínio do jogo e de posse de bola do
início ao fim do jogo. O São Paulo achou seu gol em uma cobrança de falta que
Jadson colocou a bola na cabeça de Luis Fabiano, em falha de marcação do
Palmeiras. Fora este lance, Henrique dominava o meio campo até ser recuado para
a zaga, no lugar do machucado Maurício Ramos. O losango no meio de campo
são-paulino foi o mesmo que Leão armou em 2012, em todos os sentidos. Denílson
correndo como um louco, sozinho, Casemiro e Cícero completamente perdidos, sem
marcar nem armar e Jadson oscilando, mais para baixo do que para o alto.
No segundo tempo, Henrique foi justamente expulso, mas era o
Palmeiras quem parecia ter a vantagem numérica em campo. Corria, disputava e
não desistia, ao contrário do São Paulo, apático e esperando o tempo terminar,
sem colocar a bola no chão. Valdívia sofreu um pênalti e desperdiçou nas mãos
de Denis. Mas o Alviverde não desistia até empatar de cabeça, com Mazinho. Sim,
o “gigante” de 1,65m apareceu livre na pequena área para balançar a rede.
Mazinho tem a mesma altura de Everton Ribeiro, o carrasco Tricolor na Copa do
Brasil, que também marcou um gol de cabeça na ocasião.
Ney Franco deu a deixa, e agora será devidamente cobrado.
Seu São Paulo, da estreia, conseguiu ser até pior do que o de Emerson Leão, com
um desempenho pífio e apático, além de muito mal posicionado e mexido durante o
jogo. Casemiro e Cícero mostraram que não merecem serem titulares do São Paulo
FC, pior ainda juntos. A bola aérea é um terror. O meio não cria e depende de
lampejos de Jadson e um lateral, para que Luis Fabiano possa jogar. Muito pouco
para as pretensões do clube.
Já o Palmeiras de Felipão mostrou seriedade e sobriedade em campo. Lutou, vibrou e jogou. Mesmo com um a menos, saiu “derrotado” de campo, devido ao futebol demonstrado e a falto do mesmo pelo adversário. Além disso, o time terá um acréscimo muito grande com Obina no time, porque Betinho é sofrível.
O São Paulo conseguiu enganar os prognósticos e arrancou o
empate contra o Palmeiras, que goleou moralmente o Tricolor.
Ney Franco terá muito trabalho. Mais do que imaginou.
Imagens: Wagner Carmo/VIPCOMM
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