Mais um jogador negro foi alvo de ofensas racistas na Taça
Libertadores da América. Desta vez coube a Tinga, atleta do Cruzeiro, ser o
alvo de imbecis em uma partida da maior competição de clubes no continente. E
algo assim não é novidade. Só para lembrar casos recentes, podemos puxar na
memória atitudes racistas contra os também brasileiros Grafite (São Paulo FC x
Quilmes, 2005), Elicarlos (Cruzeiro x Grêmio, 2009), além de Diego Maurício, em
jogo válido pelo Sul-Americano sub-20 de 2011, contra a Bolívia, no Peru.
Em todos estes casos, nenhuma providência foi tomada pela
Conmebol, entidade que rege o futebol sul-americano. O máximo que houve foi uma
manifestação de “repúdio” por parte da entidade e da CBF, que deveria zelar
pelo futebol brasileiro. Por outro lado, o argentino Leandro Desábato chegou a
ser preso pela polícia paulistana quando ofendeu Grafite na década passada, mas
saiu sob fiança e um escarcéu da mídia.
Na época, houve até a velha discussão
de que “o que ocorre em campo deve ficar em campo”, como se dentro das quatro
linhas toda a moralidade, respeito e o caráter fossem esquecidos pelo objetivo
da vitória.
O Cruzeiro não pode ficar parado esperando uma atitude de
CBF e Conmebol, pois ela não virá. Ou o clube entra com um pedido na Fifa ou
até na Justiça Desportiva, ou nada será resolvido, como sempre acontece na
América que sangra. Homofobia, racismo e violência podem ser artifícios comuns
para alguns torcedores, mas esta história só irá terminar no dia em que os
clubes se unirem para exterminar os babacas que insistem em rondar o futebol.
Imagem: Vipcomm
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