sábado, 7 de julho de 2012

4 de julho – Dia da Independência Corintiana

1776, 4 de julho. Liderados por George Washington, um movimento rebelde consegue declarar a independência de 13 colônias americanas do Reino Unido. 2012, 4 de julho. Liderados por Adenor Leonardo Bachi, o general Tite, uma nação consegue se libertar das amarras do destino e conquistar as Américas. Após 102 anos de história, pôde finalmente beijar a mulher mais bela e desejada de um continente, a Señorita Libertadores.

Invictamente e com bravura, o pelotão alvinegro venceu a guerra protegendo os flancos e resguardando a retaguarda. Se o grupo não tinha um guerreiro como Aquiles, tinha um bravo conhecido como Emerson, o Sheik. Talvez um dos guerreiros mais iluminados de todos os tempos. Afinal de contas, quem fez o gol na semifinal contra o Santos na Vila? Quem deu o passe açucarado para Romarinho na Bombonera? Quem fez os dois gols da final contra o mítico Boca Juniors? Voltando mais no tempo, quem fez o gol do título brasileiro do Fluminense em 2010? Ou quem é o campeão brasileiro por três anos consecutivos, por três clubes diferentes? O bravo Márcio Passos de Albuquerque, “El” Emerson Sheik.

Comemore, corintiano, a América é finalmente sua. Mas, por favor, pare com esse complexo de vira-latas que aflorou muitos cidadãos seus nos últimos meses. Pare de reclamar de “antis”, de dizer que sofre mais nas vitórias, que gosta mais de seu estandarte do que os outros. Os mesmos cidadãos que agora comemoram, secaram como loucos uma batalhão de Manchester, um exército argentino azul e amarelo – ironia do destino -, que cantaram em uma só voz desesperadamente com soldados de Barcelona, Milão e Liverpool e tantas outras vezes mais. Sofreram o mesmo (ou até menos) do que nas vitórias continentais e nacionais de outras nações vizinhas (se duvidas, leia os livros de história) e comemoraram com o mesmo vigor de outros cidadãos religiosos e vencedores.

A América é sua, corintiano, finalmente. Já és gigantesco o bastante para se fazer de vítima, do pobre coitado que sofre com os outros sem olhar para o próprio e histórico umbigo, tão sujo quanto o que criticas. Agora, ninguém mais pode te incomodar, te chamar de “virgem”. A mais bela senhora latina está em seus braços. Beije-a incondicionalmente, ame-a como nunca amou alguém antes. Com todos os méritos, ela é sua e de mais ninguém no momento.

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