quinta-feira, 5 de abril de 2012

Flamengo paga mais uma vez pela incompetência

Problemas no Flamengo: só não vê quem não quer. Foto: Gary Granja/Reuters 

Mais uma derrota na Libertadores-12 na noite desta quarta-feira (04) e a paciência rubro-negra parece ter esgotado de vez. O lanterna do grupo 2 precisa agora de vencer o Lanús-ARG em casa e torcer pelo empate entre Olimpia-PAR e Emelec-QUE para passar da primeira fase do torneio continental. Mas, qual será o problema deste Flamengo? O que se passa no clube de maior torcida do país, que tinha em pelo menos três jogos o resultado em mãos, mas acabou sofrendo o revés?
O problema não é só a retranca de Joel Santana. Ou só Ronaldinho, ou a juventude do elenco,ou a fraca defesa. É esta soma e muito mais.

Contra o Lanús, na estreia, o Fla – que jogou com quatro volantes no meio campo na ocasião - vencia até os 30’ do segundo tempo e, fora de casa, cedeu o empate. Situação que só não foi pior contra o Olimpia, em casa, quando vencia por confortáveis 3 a 0 e cedeu o empate ao time que foi goleado por 6 a 0 pelo mesmo Lanus, três semanas depois. Na noite de ontem, esteve por duas vezes a frente no placar e sofreu a virada no final.

Alguns culpam essa instabilidade em campo pela juventude do time. Mas um time que tem Felipe, Léo Moura, Junior Cesar, Ronaldinho, Deivid e Vágner Love em campo não é inexperiente. Estes deveriam chamar a responsabilidade e ajudar os garotos, se fosse este o problema maior. Mas é apenas uma pequena parte do problemático quebra-cabeça flamenguista.

O amadorismo político do Flamengo chega a assustar, mesmo em um clube que nas últimas décadas, infelizmente, é acostumado com esse tipo de situação. É um diz que me diz e uma incompetência absurdas, que chegaram a assustar até o “correto” Vanderlei Luxemburgo, antes de sair. Ronaldinho, que ganha milhões por mês (agora pagos integralmente pelo Fla, após ser desfeita a parceria com a Traffic) já chegou a dormir nos vestiários ao invés de treinar, de ressaca pela noitada passada. E a diretoria, passa a mão na cabeça dele, dizendo que o jogador é “a cara do Flamengo”, o capitão, líder do time etc. Para quem conhece o mínimo do Flamengo e de Ronaldinho, isso soa como absurdo.

Tudo isso reflete em campo, na defesa fraca, no elenco limitado e nos jogadores que, fora os amantes do manto rubro-negro Léo Moura e Vágner Love, deixam muito a desejar. Se se classificará à próxima fase da Libertadores, não se sabe ainda. Nem se será semifinalista da Taça Rio. Mas, mesmo se passar, é evidente que o Flamengo tem um futuro bastante nebuloso se continuar com essa linha “populista” e na base do “Flamengo é Flamengo”, achando que isso resolverá os problemas por si só. Ah, e Adriano vem aí.

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