O CA River Plate, 34 vezes campeão argentino, 2 vezes da Libertadores, 1 Mundial e tantos outros títulos mais, foi rebaixado para a "Segundona" argentina.
O dia mais triste na história dos Millionarios veio justamente na data em que o time "comemorava" 15 anos de sua última conquista da Libertadores. O empate com o Belgrano em 1x1, no Estádio Monumental de Nuñez veio selar a incompetência das últimas direções e dos jogadores que vestiram ou ainda vestem a camisa do clube.
Se aqui no Brasil é normal para alguns grandes caírem, na Argentina não é. A Federação Argentina de Futebol tem um regulamento que faz de tudo para não rebaixar seus clubes grandes. O sistema de rebaixamento leva em conta um ranking com a média de pontos das equipes nas últimas três temporadas. Ao final do Apertura e do Clausura, as duas piores equipes desta relação caem para a Segunda Divisão. O terceiro e a quarto piores times ainda têm a chance de se manter na elite do país num playoff contra equipes da divisão inferior. Como o River foi o quarto pior, teve que disputar uma vaga em La Promoción (uma espécie de repescagem) contra Los Piratas de Belgrano. Após uma derrota de 2x0 em Córdoba, o empate em 1x1 na fria tarde de inverno (cerca de 6ºC) de Buenos Aires selou uma triste dia para os platenses. É certo que o calvário começou em 2009, quando o time foi o lanterna do Apertura e assim começou a se credenciar no ranking dos piores da Argentina.
Após o rebaixamento, um quebra-pau generalizado começou no Monumental de Nuñez e nos arredores de Buenos Aires. Cerca de 72 pessoas encontram-se feridas, dentre elas, 25 são policiais. Isso somado ao torcedor que morreu de enfarto no jogo de ida em Córdoba.
O clube que já teve nomes como Alfredo Di Stéfano, Ubaldo Fillol, Daniel Passarela (que é alias o atual presidente), Américo Gallego, Leonardo Astrada, Ariel Ortega, Marcelo Salas, Hernán Crespo, Javier Saviola, Pablo Aimar, Juan Pablo Sorín, Marcelo Gallardo, Andrés D'Alessandro, Lucho González, Javier Mascherano, Gonzalo Higuain, Ramón Ángel Díaz, Ángel Labruna, Enzo Francescoli e teve 11 jogadores como os titulares da seleção argentina na década de 40 (algo inédito no país) hoje amarga um rebaixamento vergonhoso. Não só os riverplatenses, como os amantes do futebol pelo mundo choram essa tragédia. Que volte o mais rápido e dignamente possível para figurar entre os gigantes do mundo, Club Atlético River Plate.
Fotos: AFP; Reuters; AP
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